CV Moreira em projeto de P&D da Light

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Refrigeração em espaços confinados

O trabalho de eletricistas e técnicos em eletricidade nos espaços confinados subterrâneos é um desafio. Além das características inerentes ao ambiente, as altas temperaturas geradas pelos próprios equipamentos fazem o dia mais quente do verão carioca parecer refrescante. Atenta às oportunidades de melhoria das condições de trabalho nesses espaços, a área de P&D estuda um sistema de controle de exposição dos profissionais ao calor.

Rio 90 graus

O Rio de Janeiro tem cerca de 4.500 espaços destinados à rede subterrânea de transmissão de energia elétrica. Fios, transformadores e outros acessórios desceram dos postes e foram colocados em câmaras debaixo do solo, modernizando e trazendo mais segurança à infraestrutura da cidade. “É característica das câmaras ser um espaço de acesso restrito e sem possibilidade de habitação humana.  Por outro lado, precisamos fazer com que as condições de trabalho temporário nesse ambiente sejam as melhores possíveis. Existem chamados para execução de reparos onde é preciso que o profissional fique imergido por até oito horas consecutivas e a alta temperatura do local é um fator crítico para a segurança do trabalho”, conta Calixtrato Talon, coordenador de Segurança no Trabalho e Gerente de Projeto. “A passagem de corrente elétrica pode gerar um calor de até 90 graus Celsius. Antes de entrar na câmara subterrânea, é preciso usar de um mecanismo para ajudar na circulação do ar até tornar possível realizar o trabalho local. Em termos práticos, perde-se muito tempo. O que queremos com esse projeto de P&D é tornar o processo de resfriamento mais rápido e eficiente, explica Cesar Moreira, coordenador do Projeto da Funcoge – Fundação Comitê de Gestão Empresarial.

Ares de inovação

Não é possível desligar as máquinas para fazer a manutenção, afinal, o cliente Light depende de um fornecimento contínuo. Nem é viável instalar um ar-condicionado em cada câmara. “Nossos estudos apontam para um sistema portátil de refrigeração que, a longo prazo, atenderá não só à Light, mas às indústrias que também usam espaços confinados trabalho”, revela o coordenador.

Na fase de pesquisa, identificamos que a temperatura externa interfere pouco. A temperatura externa interfere pouco. A principal fonte de calor é artificial, gerado pelos equipamentos de energia que estão na câmara. O que existe hoje de sistema de ventilação e exaustão atende a 16% da demanda de circulação de ar no ambiente confinado”, explica Talon.

O projeto deu mais um passo: a criação do primeiro protótipo. “Estamos reunindo as peças de fabricantes e elaborando não só a tecnologia, mas também um novo processo de trabalho. É um sistema inovador, original, nunca usado no Brasil ”. Os especialistas envolvidos na pesquisa acreditam que já nessa fase, o projeto chamará a atenção do mercado. Todos estão em busca de diminuir o desgaste do trabalhador com o calor e melhorar o tempo de atendimento aos chamados.

Matéria publicada na Revista Saber, edição 8, Outubro de 2016.

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